sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Será a hora dele?

O atual líder do mundial da Fórmula 1 é Mark Webber. O australiano da RBR conseguiu a liderança da disputa graças à sua regularidade e, digamos, oportunismo. Nesta temporada Webber já conquistou quatro GP's, fez o mesmo número de pole positions e esteve por seis vezes no pódio. Será que o título é dele esse ano?!

A verdade é que ainda é cedo para responder a essa pergunta, mas ela já tem fundamentos para ser feita. Webber tem mostrado melhor desempenho que o companheiro de equipe, candidato real a prodígio na categoria, Sebastian Vettel. Com o novo regulamento, sem o reabastecimento, ele tem conseguido andar bem mesmo com o tanque cheio, e, mais, sem literalmente fritar os pneus. Para isso, a experiência das mais de 150 corridas pode ajudar.


Outro ponto forte do australiano é ter conseguido se impor mesmo em momentos quando a tendência da equipe é favorecer o piloto mais novo, Vettel. A sua vitória na Hungria lhe colocou mais do que nunca na briga pelo título e o piloto sabe que para ele "a hora é essa". Nomes como Lewis Hamilton, Fernando Alonso e o próprio Vettel eram os donos do holofotes até as primeiras corridas da temporada, porém Webber roubou a cena e vem mostrando que 2010 pode ser, sim, o ano dele.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Lavando as roupas, e alma, sujas

Webber venceu, enfim chegou à liderança do Campeonato - onde, já faz tempo, vem merecendo estar-, mas a notícia que imperou depois da corrida da Hungria não foi essa. Nada teve mais destaque que a "lavagem de alma" do Rubinho a 4 voltas do final da corrida. Ele mesmo disse isso depois, e qualquer um que tenha acompanhado a Fórmula 1 nos últimos anos sabe o quanto uma coisa assim estava engasgada na garganta do brasileiro.

Os tempos de Ferrari de Barrichello foram um tanto ingratos com ele, apesar de um bom carro, tinha como companheiro o cara com maiores chances de ser campeão mundial e que já havia conseguido muita coisa na categoria. Nada que justifique os vexames de ter que ceder posições em plena corrida, mas o brasileiro nunca era a prioridade, ou melhor, nem mesmo a igualdade de situações acontecia.

Aquela jogada no muro foi quase uma reedição de outros tempos. O "quase" fica por conta de os dois não estarem mais na mesma equipe, e por quem estar na frente uma volta depois não ser mais o alemão. Valeu só um ponto para o campeonato, mas sei que pra muitos brasileiros, e principalmente pra o principal envolvido, significou uma chance bem realizada de Barrichello mostrar ao alemão que nem sempre ele vai estar na frente, mesmo que a todo custo ele queira isso.

Schumacher é "um monstro" da F-1, e ninguém é heptacampeão por acaso, mas na Hungria teve quem desse um literal "chega pra lá" no monstro.