quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Bruno Senna acerta com equipe da F-1

É a estreante Campos que vai ter um Senna pilotando um de seus carros na temporada 2010 da Fórmula 1. Bruno Senna era esperado para a próxima temporada da categoria, só não se sabia ainda em qual das estreantes.
O anúncio, que deve ser oficializado no final de semana, no GP de Abu Dhabi, foi feito por uma revista esportiva da Alemanha e confirmado por outras fontes. Como companheiro, o sobrinho de Ayrton Senna, deve ter a parceria de Pedro de la Rosa, piloto espanhol, assim como a equipe, e hoje piloto de testes de McLaren.
Já são dois brasileiros garantidos no próximo ano, e esse número pode aumentar. Lucas di Grassi e Nelsinho Piquet (ele mesmo), tentam lugar também, principalmente na outra equipe estreante, a Manor.

Uma boa notícia essa. Não?

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

A Fórmula-1 e quem a vê

Porque será que muitos tem a impressão de a Fórmula-1 ser um esporte chato (e difícil) de assistir?
Será que as transmissões tem alguma influência sobre isso?
A fama de azarento e os julgamentos feitos sobre Rubens Barrichello não teria alguma relação com isso?

Um post, muito legal por sinal, no Blog do Capelli aborda de forma muito interessante tudo isso. Ele está reproduzido logo abaixo:

"Flavio Gomes fez anteontem, em seu blog, um post que considero definitivo sobre a influência da transmissão da Fórmula 1 para o Brasil no modo como a população julga Rubens Barrichello e se relaciona com ele.

Mas acredito que, além dos argumentos muito bem pontuados pelo Flavio, ainda existe um viés por trás disso. Por mais que as transmissões da TV Globo deixem muito a desejar, que existam omissões graves do que acontece na pista em prol da “torcida pelo Brasil-sil-sil”, as próprias características das corridas da era do reabastecimento na Fórmula 1 é que acabam tornando as coisas mais complicadas para o telespectador. A F1 dos pit stops virou uma categoria para “iniciados”.

Diferentemente de esportes mais populares, como o futebol, uma transmissão de corrida de Fórmula 1 não é autoexplicativa. Tudo o que acontece na tela precisa ser interpretado, sob pena do telespectador não compreender o que se passa. Você só consegue entender bem o que está acontecendo na corrida e seus prováveis desdobramentos se entende a diferença entre os pneus, se compreende o comportamento de um carro conforme a estratégia de combustível, se possui os pesos dos carros quando da largada, se tem o live timing da FIA à mão para acompanhar os tempos de volta. Se ninguém lhe passa essas informações, ou se passa incorretamente, você fica vendido.

Fora os acontecimentos do GP do Brasil citado pelo Flavio, o GP de Cingapura é outro exemplo notável do problema de compreensão. Na narração global, tudo o que acontecia era “bom para Barrichello”, quando nem sempre o era. E, no decorrer da prova, ninguém na transmissão deu-se conta que o brasileiro voltaria dos boxes atrás de Jenson Button, mesmo que não tivesse perdido os tais cinco segundos no pit stop. Estava na cara que ia acontecer, quem tinha o live timing oficial já sabia, mas ninguém da Globo viu.

Se isso é feito de propósito para segurar a audiência, é outra discussão. Mas o fato é que tal comportamento acaba gerando na população que não consegue entender detalhadamente a dinâmica de uma corrida a impressão de que o Barrichello “de repente” fica lento, ou que “dá azar”. Até pessoas geralmente bem informadas, como Marcelo Tas, começam a formular conceitos em cima de informações que não são reais. Atualmente, a leitura de uma corrida é muito complicada. E se você não for um “iniciado”, dança.

Felizmente, no ano que vem o reabastecimento acaba. E acredito que isso tornará a compreensão da corrida muito mais fácil. Quem está na frente estará realmente na frente, no máximo poderá perder ou ganhar alguns segundos de acordo com o comportamento do carro com o tipo de pneus, mas dificilmente voltará a acontecer aquela situação do piloto estar em primeiro, acabar em quinto e ninguém entender bem o motivo.

Todo mundo vai classificar com o carro leve, então o pole será realmente o piloto mais rápido e não mais aquele com a estratégia mais ousada. Todo mundo vai largar com o mesmo peso de combustível, então não haverá mais uma diferença brutal de performance entre carros em momentos da prova. E nesse novo mundo, quem sabe, o sonho de muito telespectador de assistir uma corrida inteira no “mute” poderá se realizar."

domingo, 18 de outubro de 2009

Festa inglesa no Brasil

O piloto mais feliz em Interlagos não estava no pódio. Nem o mais triste. Button juntou muita sorte, oportunismo e vontade e sai do Brasil já campeão mundial de Fórmula 1. Ao único brasileiro nas pista, depois de uma pole position emocionante, restou amargar muito azar, ainda que ele diga não acreditar nisso, e um nada agradável oitavo lugar.

As primeiras curvas depois da largada foram um verdadeiro caos. Kovalainen bateu em Fisichella, Sutil se enroscou com Trulli e ao voltar pra pista ainda bateu em Alonso tirando ele da prova. O safety car entrou e Button já estava na nona posição, quando ele saiu o inglês partiu pra cima, ultrapassou Nakajima e Grosjean e já era o sétimo colocado.

Barrichello largou bem, garantiu a primeira posição mas mesmo estando mais leve não conseguiu abrir vantagem para Webber e Kubica, logo atrás dele. Depois da primeira parada o brasileiro cai de rendimento e perde duas posições. Nesse momento iam-se embora a vitória em casa e as chances de continuar na briga pelo campeonato. Barrichello era terceiro e Button já era sexto.

Depois da segunda rodada de pit stops Barrichello perde mais uma posição, agora para Hamilton, que só parou uma vez. E como se já não bastasse o brasileiro é obrigado a parar mais uma vez, faltando apenas 8 voltas para o fim. Desta vez a pedra no sapato era um pneu furado e Rubinho cai para oitavo, posição em que terminou a corrida. Com Vettel terminando em quarto, Barrichello tem até o vice-campeonato ameaçado e o que resta a ele para buscar em Abu-Dhabi.

Com a parada de Barrichello, Button termina a corrida em quinto e cantando "We are the champions" no rádio. O inglês conquistou, com uma corrida de antecedência, o título da temporada. Com sorte ou não (mas não foi só sorte), a Fórmula 1 já tem seu campeão em 2009. E o título de construtores ninguém mais tira da Brawn também.

sábado, 17 de outubro de 2009

Muito tempo, arrepios e Barrichello na ponta!

A chuva forte fez o treino classificatório para o GP do Brasil durar quase três horas, quando o normal é que ele dure uma hora. Com menos de três minutos que havia começado a segunda parte do treino - o Q2 - a direção de prova interrompeu a disputa pelas posições do grid. Valeu a pena esperar...
Mais de uma hora depois, a chuva deu uma trégua. A essa altura Vettel e Hamilton, então favoritos à pole, já haviam sido eliminados no Q1. O Q2 foi reiniciado com a pista literalmente encharcada e todos os pilotos com pneu pra chuva forte. No final do Q2, a pista começava a melhorar e quem tinha ainda pneus de chuva penou pra seguir para a última parte do treino. Boa notícia para os brasileiros: Button teve problemas com os pneus que não aqueciam e terminou o Q2 na 14º posição, eliminado. Faltava Barrichello conseguir avançar, e ele conseguiu. Um pouco de sorte e muita competência ele avançou para o Q3 com a última posição possível, em décimo. Faltou o fôlego.
Sem chuva mas com a pista de Interlagos ainda bastante molhada, restava aos pilotos, agora com pneus intermediários, aproveitar o trilho que se formou. Barrichello foi pra pista e mais uma vez comprovou que poucos sabem andar em pista molhada como ele. Mesmo não sendo favorito à pole, arrancou o melhor tempo no finalzinho do treino, foi de arrepiar. Logo depois vieram Webber, Sutil, Trulli e Raikkonen.
Com Button em 14º e Vettel em 16º, o treino não poderia ter sido melhor pra Barrichello. O brasileiro tem boas chances de sair do Brasil ainda vivo na luta pelo título mundial. A corrida de amanhã é mesmo imperdível.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Barrichello, o incansável

Barrichello é, com vantagem, o piloto que mais disputou corridas na Fórmula 1, e ainda não vai ser agora que ele vai parar.
No ano passado Barrichello por pouco não encerrou a sua carreira na categoria contra a sua vontade. O piloto ficou sem equipe quando a então equipe que ele corria, a Honda, se retirou da F-1. Quase beirando o desespero em busca de uma equipe, Rubinho conseguiu lugar na Brawn GP aos 45 do segundo tempo, mas nessa temporada vem fazendo valer o lugar que lhe foi dado. O bom desempenho do piloto na Brawn já lhe garantiu mais um ano na categoria, mas não será na mesma equipe.
Em 2010 Barrichello irá correr pela Williams. O anúncio não é oficial mas é tido como certo por todos. Há algum tempo o piloto brasileiro já admitia conversas com a equipe de Frank Williams e, nos últimos dias, muitos vem anunciando que agora é pra valer; Barrichello já teria assinado o contrato com direito à renovação para 2011.
Você pode se perguntar: ", mas porque ele vai sair da Brawn?". Acredito que a resposta a essa pergunta seja mais a falta de espaço que a vontade de sair. A Brawn, em apenas um ano, saiu da condição de equipe estreante para muito provavelmente ser campeã de pilotos e construtores. Já luta para manter Button na equipe e quer, para o outro lugar, trocar a experiência de Rubens por um nome mais promissor (nenhum confirmado ainda).
Na nova equipe, Barrichello irá correr com o jovem Nico Hulkenberg, campeão da GP2 e piloto de testes da equipe faz algum tempo. Não dá pra pensar que Barrichello não será líder na equipe. Lutar pelo título como nesse ano pode ser esperar demais mas os novos motores da equipe para o ano que vem, os Cosworth, devem vir com força. Se é pra continuar, a torcida é pra que continue bem.

domingo, 4 de outubro de 2009

Sorte de campeão?!

O vencedor do GP do Japão, disputado na última madrugada em Suzuka, foi Vettel, da RBR. O alemão venceu de ponta a ponta e foi impecável na vitória. A sobra era tanta que mesmo perdendo alguns segundos no pit stop ele ainda voltava à frente de todos.
Vencedor a parte, o sortudo da vez foi Jenson Button, de novo. O inglês da BrawnGP está longe de passar pela fase espetacular que teve nas primeiras etapas do campeonato, mas ainda assim vem contando com a sorte nas últimas corridas para manter-se com boa vantagem na tabela de classificação, vantagem que ele abriu no início da temporada.
Button largou na décima posição no Japão; estava quatro posições atrás de Barrichello que nessas condições iria diminuir em 3 pontos a vantagem do inglês, mas aí a sorte entra em jogo para o líder do campeonato. Kovalainen e Sutil, que estavam logo à frente de Button acabam se enrolado na disputa por posição e, depois de um toque, entregam de bandeja as posições para Button, que saltou para oitavo.
Final das contas: Barrichello chegou em sétimo e Button logo depois, no seu encalço. A vantagem caiu em apenas um ponto e Button vem para o Brasil com boas chances de ser campeão com uma corrida de antecedência, basta sair daqui com pelo menos 10 pontos de vantagem para Barrichello e para o ainda "vivo" Vettel.
Será sorte de campeão?! É o que parece. Ainda que a Brawn não seja mais a mesma de outrora, acumulou muita gordura para queimar agora e ser campeã de pilotos e construtores.

9º não. 6º!

Confusão sobre confusão volto aqui, momentos antes da corrida começar, para dizer Rubens Barrichello largará em sexto e não em nono, como foi noticiado durante o dia. Foram tantas punições que mesmo tendo perdido 5 posições no grid, depois que os outros pilotos também receberam suas punições Barrichello acabou subindo para a terceira fila do grid. Button largará em décimo, 4 posições atrás do brasileiro. Melhorou não é?!

Corrida logo logo!

sábado, 3 de outubro de 2009

Suzuka do bate-bate!

Era assim... cochilou? Perdeu uma batida! Foram 5 batidas ao todo (ou foram mais?!). A mais forte foi de Glock que precisou ser levado de helicóptero para o hospital mas está bem.
E o grid? Verdade é que até sobre ele existem dúvidas, veja o que diz o Blog do Ico sobre a confusão de tentar entender o grid de hoje. Tanta confusão se dá pois muitos pilotos sofreram punições. Uns por troca de câmbio (Kovalainen e Liuzzi), outro por troca de chassi (Glock) e mais alguns por terem feito volta rápida mesmo com a bandeira amarela no Q2 (Barrichello, Button, Alonso e Sutil). Enfim, tivemos dois grids, um pelos tempos de cada um - o que deveria ser o normal - e um depois da chuva de punições.
Eis como deve (se é que não mudará ainda mais) ficar o grid.

1- Vettel
2- Trulli
3- Hamilton
4- Heidfeld
5- Raikkonen
6- Rosberg
7- Kubica
8- Sutil
9- Barrichello
...
11- Button

2 da manhã tem corrida! Barrichello larga em 9º e está mais pesado que o companheiro em 11º, o brasileiro deve arriscar na largada, vamos ver.